Boa Vista, 16 de dezembro de 2022 (ACNUR) – Na última segunda-feira, 12, 25 crianças e adolescentes envolvidos com o projeto Fútbol sem Fronteiras visitaram o Estádio do Ribeirão e tiveram a oportunidade de conhecer os jogadores do Baré Esporte Clube, clube que mais títulos estaduais conquistou. 

O objetivo do evento é promover o esporte e a inclusão social de crianças refugiadas e migrantes por meio de conversas com protagonistas, compartilhando rotinas de desafios e superação de barreiras dentro e fora do campo.


Profissionais do Baré e do ACNUR estiveram lado a lado para dialogar com meninas e meninos da Venezuela que estão acolhidos em Boa Vista (RR). Foto: UNHCR/ Vitor Plácido


Para aqueles deslocados à força por conflitos e perseguições, praticar esportes é mais do que apenas uma atividade de lazer. É uma oportunidade de se integrar, sentir-se protegido e pertencer a um grupo social, abrindo caminhos para o aprendizado e o autodesenvolvimento.


O ACNUR está comprometido com atividades esportivas para explorar plenamente o potencial de parcerias no campo, promover condições que equilibrem a saúde física e mental dos refugiados e mostrar a diversidade dos refugiados como meio de combater a discriminação e a desinformação.


“A prática de atividade física, nas suas mais diversas formas, cria colaboração entre os participantes do jogo e reforça o sentimento de fazer parte de um grupo, uma comunidade, que passa a gerar sentimento de pertencimento e identidade entre as pessoas. Já envolvido no projeto Fútbol Sin Fronteras, a ação junto com o Baré é uma forma extraordinária do clube ajudar jovens refugiados a se sentirem inspirados e acolhidos no Brasil, elevando a auto-estima dessa população”, disse o ACNUR Relações Institucionais em Roraima oficial Thaís Menezes.


O projeto Jovens Refugiados Visitando Barre é fruto de uma iniciativa conjunta da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e da AVSI Brasil, que acreditam que o esporte é uma forma transformadora de integrar os forçados a deixar suas lugar de origem.


Depois de receber as crianças e jovens no estádio, as jogadoras dialogaram sobre questões de respeito, igualdade de gênero e combate à violência contra a mulher antes de entrar em campo para um jogo de futebol misto com os jovens. O resultado do jogo não limitou o entusiasmo das duas equipes, que juntas aprenderam mais sobre a real situação de cada equipe, e a partir dessa compreensão, respeito e admiração pela equipe. Todos carregam história.


As ações também sensibilizaram para o tema dos 16 Dias de Ação pelo Fim da Violência de Gênero, campanha que percorre o mundo de 25 de novembro (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher) a 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).


“Este é um evento muito importante e estamos levantando a bandeira para proteger as mulheres. Fortalecemos relacionamentos para potencializar a interação de mulheres e meninas que sonham em jogar futebol. aqui podemos A mulher é valorizada e merece”, disse o vice-presidente da Barre, Oziel Araújo Tavares.


O ACNUR lançou uma página em seu site para apresentar as diversas iniciativas impulsionadas pela agência e seus parceiros sobre o tema do esporte como ferramenta de inclusão social e integração local. Estas informações estão disponíveis em www.acnur.org.br/esportes

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